Maternidade ativa: a inovação da TNH para pós-parto no Programa Parto Adequado da ANS

Maternidade ativa

Novo programa da TNH Health oferece apoio e informação às mães no pós-parto, conforme ANS.

Por Luciana Teixeira Morais*

Segundo a ENSP/Fiocruz, mais de 25% das mães brasileiras desenvolve depressão pós-parto, superando a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para países de baixa renda (19,8%).

Parto é normal!

Fonte: ANS

Quando pensamos neste tema, já levantamos também o Programa Parto Adequado da ANS, que traz a questão do pós-parto como um dos indicadores para os players de saúde que estão fazendo parte da iniciativa e precisam realizar ações neste sentido.

Março é considerado o mês da mulher, relembrando toda a luta feminina por igualdade de direitos e como ainda existe um caminho a percorrer. Por isso, este é um momento importante para lembrar dessas mulheres, logo após o parto, que muitas vezes ficam esquecidas. Na luta por espaço, muitas estão usando as mídias sociais para desromantizar a maternidade e falar de temas ainda tabus, como o puerpério e a depressão pós-parto.

A situação do pós-parto no Brasil

Este movimento vem ao encontro com o estudo realizado pela pesquisadora Mariza Theme da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz): Em cada quatro mulheres, mais de uma apresenta sintomas de depressão pós-parto no período de 6 a 18 meses depois do nascimento do bebê. Ou seja, o Brasil não é só o país recordista no número de cesáreas, como também, o que apresenta a maior taxa de depressão pós-parto (25%) em relação a países de baixa renda (19,2%) de acordo com a OMS.

O estudo conversou com mais de 23 mil mulheres no período de 6 a 18 meses após o nascimento do bebê, analisando condições sociais, individuais e obstétricas, bem como criou um indicador de trabalho de parto doloroso para verificar se existia alguma relação direta entre o físico e emocional. De acordo com a pesquisadora, foi observado que manobras consideradas violências obstétricas pela OMS não possuem relação direta com a depressão pós-parto. Isso levanta algumas hipóteses sobre o fato de existir uma aceitação como “normal” o modelo atual de atenção ao parto realizado no Brasil.

A pesquisa mostrou que a maioria das mulheres que sofreram de depressão pós-parto são de maioria parda, com baixa condição socioeconômica, possuem antecedentes de transtorno mental, não possuem hábitos saudáveis (uso abusivo de álcool, por exemplo), paridade alta e gravidez não planejada. Por fim, um dado curioso: as mulheres que desenvolveram sintomas de depressão foram aquelas que avaliaram pior o atendimento que receberam na alta médica.

Celular como tábua de salvação

Fora a pesquisa publicada no Journal of Affective Disorders, uma simples busca na internet pelo tema “maternidade real” mostra o quanto cada vez mais mulheres estão usando a internet e as mídias sociais como forma de diálogo com outras mães, seja para entender seus próprios problemas, buscar orientações sobre as mais diversas situações e, principalmente, desabafar sobre os desafios de ser mãe de um recém-nascido.

Observando este movimento, a TNH Health desenvolveu o programa Maternidade Ativa, que pode, inclusive, ser usado como complemento ao programa de acompanhamento de gestantes, o Gravidez Saudável. Ambos seguem as diretrizes da Organização Mundial da Saúde sobre gestação, parto e pós-parto, ressaltando que o Maternidade Ativa é um acompanhamento via sms, com 6 meses de duração, que se inicia logo após o nascimento do bebê.

Os programas da TNH Health atendem todos os critérios propostos pelo Programa de Parto Adequado da ANS e criou uma nova forma de interação para players de saúde chegarem até as gestantes e conseguirem de fato fazer um acompanhamento diário e em tempo real das gestantes – além de detectar possíveis casos de gravidez e sintomas de risco.

O funcionamento do chatbot no Programa da TNH Health e o que é monitorado na gestação e pós-parto

Outro ponto interessante é que a criação deste programa remete  a uma luta antiga de médicos e pesquisadores, segundo o ginecologista e obstetra Alexandre Faisal, professor da Faculdade de Medicina da USP no departamento de Medicina Preventiva. Em entrevista à BBC, Faisal apresenta que “Estudo depressão antes, durante e depois da gravidez há mais de 15 anos no Brasil e acredito que não temos políticas públicas adequadas. Esta é uma das lutas mais antigas de pesquisadores e médicos da área: a inclusão do rastreamento específico para depressão pós-parto nas rotinas do SUS”.

Maternidade Ativa

O programa se apresenta como excelente ferramenta para a área da saúde, já que seus monitoramentos vão de encontro ao estudo anteriormente citado, auxiliando na percepção de padrões e antecipação de possíveis problemas. Além disso, o Maternidade Ativa conta com dicas de primeiros cuidados com o bebê, amamentação, cuidados pessoais, motivação emocional e física, bem como perguntas sobre o parto e recuperação da interagente, baby blues/puerpério e depressão pós-parto, e vacinação.

Alguns temas e monitoramentos se destacam, inclusive para percepção das  participantes do programa programa, bem como para verificar os dados gerados e o que eles representam para o serviço prestado pela empresa de saúde. Um deles é a vacinação, já que, como indicou o estudo da Fiocruz, é um dos principais sintomas de depressão pós-parto é quando a mãe começa a esquecer o calendário de vacinação do bebê.

Monitoramentos sobre o humor e como a mulher percebe sua variação emocional estão presentes no programa juntos das explicações sobre baby blues, puerpério e extrogestação – que são os primeiros três meses do bebê, onde existe a fase de maior adaptação e criação de vínculo, acompanhada da oscilação hormonal da mulher devido à amamentação e às mudanças do corpo. Aqui também é sugerido que a nova mãe e mulher sempre procure ajuda quando sentir que as variações de humor estão anormais.

Analisando que a depressão pós-parto é considerando o período do nascimento do bebê até o sexto mês de vida do bebê, o Maternidade Ativa busca informar a mulher sobre os sintomas que ela traz, fazendo um serviço de prevenção e redução de danos. Além disso, os monitoramentos sobre humor falados anteriormente já ajudam o player de saúde ou organização responsável a verificar quais mulheres têm mais chance de desenvolver uma depressão pós-parto, dando a oportunidade de prevenir um problema.

Como usar um programa digital para seguir os protocolos da ANS

Para realmente alcançar as gestantes e criar um modelo de acompanhamento adequado, estratégias digitais são essenciais. A TNH Health atua exatamente neste ponto criando chatbots de saúde voltados para elevar a taxa de engajamento e monitorar os principais fatores clínicos, de forma ativa, em tempo real e ações preventivas.

Quer saber mais sobre como cumprir todas as ações necessárias ao Projeto de Parto Adequado da ANS? Conheça o programa de acompanhamento digital de Gravidez Saudável e Maternidade Ativa da TNH Health. Entre em contato conosco e agende uma conversa!

* Luciana é consultora de conteúdo digital da TNH Health e Doula. Linkedin: https://www.linkedin.com/in/lucianateixeirams/

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